quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
Amou tanto...
Amou tanto todo mundo que não conseguiu se dedicar a ninguém, nem a ele mesmo, triste moço que caminha sozinho com pés querendo voltar, com mãos querendo tocar, mas tudo que conseguiu foi se afastar...
Ama tanto tudo que lhe rodeia, que não consegue enxergar nada com olhos de fascínio, vê as cores mas não consegue entender o pigmento, vê as asas do pássaro, mas não consegue entender o som do vôo, vê a folha caindo, mas não entende a poesia do levitar que ela faz...
Ama tanto o sorriso dela, que nem imagina o que queria dizer o brilho nos olhos que ele produz, ama o corpo, o cheiro, mas ainda assim não entende a alma que a faz ser o que é...Sonhava tanto com o beijo no meio de um silêncio que não conseguia se aquietar, viu ela partir sem nada fazer, o beijo ficou na espera... o amor ficou na espera...Teve nas mãos, nos olhos, e na boca o gosto dos lábios, mas no final ficou somente o que lhe era de verdade, a dor que ele sentia no final de tudo que não conseguia compreender.
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