sábado, 25 de junho de 2011

Carta de Amor

 Se lembram de que quando éramos adolescentes tudo tinha mais intensidade? Tudo parecia tão decisivo e único, que escrever uma carta de amor, era como se tivéssemos entregando nossas vidas. Devaneios de adolescentes, devaneios deliciosos, pois ficávamos com um frio na barriga inexplicável quando ganhávamos e quando nós éramos os autores.
Amor com intensidade, amor com vontade de que seja para sempre, expressávamos delírios de anos planejados, cada detalhe, cada fase...saudades desse amor, amor esse que em palavras se resumiam, que os gestos não eram suficientes prcisavamos escrever, provar por escrito o que sentíamos.
Cartas de amor, sempre são reais, pois quando você as entrega não tem mais volta, não é como hoje que escrevemos nas redes sociais, e quando não sentimos mais apenas apagamos e tudo se acaba. As cartas não, elas ficam em caixas enfeitadas e com perfume, estão sempre em fácil acesso a saudade repentina, são como as fotografias que antes eram reveladas, quer coisa mais gostosa que abraçar a foto de alguém que gostamos? Assim acontece com as cartas, escritas pela letra da pessoa, revelando seus medos, sua vontades e apelos. E, o melhor podemos escrever para quem quisermos, ainda lembro das cartinhas que eu fazia para os meus pais, e minha mãe ainda tem algumas delas, hoje quando eu leio o que escrevia, na verdade bilhetes de tão poucas palavras, mas para mim era uma carta e para minha mãe também, quando ela sente saudade daquele menininha que eu era, ela pega esses bilhetes e tenta me encontrar naquelas linhas. As cartas são assim, nos dão oportunidades de revivermos coisas que já vivemos... to meio saudosista hoje, acho que preciso ler uma carta de amor!

Nenhum comentário:

Postar um comentário