Tive ela em minhas mãos, somente em minhas mãos, em uma noite onde era somente seu guardião, e descobria todos os seus detalhes de corpo e de alma. Vislumbrava cada pedaço, cada parte, as vezes ela sussurra palavras que nunca tinha me dito, o corpo mostrava desejos que nunca tinha visto, as minhas mãos que quase não a tocava com medo de que ela percebesse minha vulnerabilidade com todo aqueles apelos visuais ficavam inquietas, o cheiro dela ficou dentro de mim de tão perto que fiquei, com uma sutiliza milimetricamente as minhas mãos e os dedos não resistiram e foram deslizando em cada centímetro daquele corpo que me chamava, o rosto delicado e cheio de leveza de uma embriagues, ela estava ali nas minhas mãos, no meu corpo, em mim.
Cuidei como se fosse a última vez, decorei cada arrepio que as minhas mãos causavam em seus pelos, o rosto, os seios, a barriga, as coxas grossas minha parte preferida, tudo ali na minha frente me fazendo enxergar uma mulher que eu despi com olhares e dedos de promessa de que seria minha, somente minha, a respiração silenciosa me perturbando cada sentido, impossível resistir a tudo aquilo, impossível não se apaixonar mais depois de tantas descobertas, o desejo da carne supera quando temos algo tão desproporcional ao que estamos acostumados, a diferença sútil da verdade das palavras sóbrias com a verdade da alma, naquele momento ela era tudo que pedia a tempos, mas tão irreal que cedi a tudo aquilo me culpando e me punindo por ser tão fraco ao ponto de não resistir a apelos de uma mulher adormecida e embriagada de amor.
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